domingo, 28 de outubro de 2012

Capítulo 1: Onde tudo começou!

  E aqui foi onde começou a maior confusão da minha vida!

Que horas eram? Acho que umas 6:00. Desci e tomei café. Não precisava esperar ninguém acordar...Porque não tinha ninguém pra esperar! Eu era órfan. Morei a minha vida com minha avó, mas ela já estava velha e morreu quando completei 13 anos. Meus pais eram muitos ricos, donos de uma famosa impresa de tecnogia. A Tecno Tek. Então, quando morreram, deixaram a herança pra mim. Então, daria para eu sobreviver até o dia em que eu morresse. Depois do café, tomei banho e enquanto eu me secava meu celular tocou.
-Oi Raito...
-E aí? Tudo certo?
-Tá tudo bem sim...
-Então Kushynna, nós resolvemos ir pro parque, porque abriu uma rampa de skate. Quer vir com a gente?
-Claro! Porque não? Já estou indo. Beijos de chocolate.
Coloquei uma roupa, peguei meu skate e saí. O parque não era muito longe dali. 
 No meio do caminho vi L Em uma outra avenida andando também com seu skate. Aquele jeito dele me deixava louca! Ele acenou pra mim com um sorriso e minha face esquentou
-Não fique corada. Não fique corada. Não fique corada. Não fique corada! -Repetia a mim mesma em meus pensamentos. Meio mecânica fui de skate até o L e tentei parecer "normal":
-O-oi L! T-tudo bem? 
-Sim. Tá indo encontrar o Raito e a Misa?
-E-estou sim! D-digo, e-estou s-s-sim.
Droga! Eu estava gaguejando! Isso não era agir normalmente. Ele virou a cabeça pro lado e se aproximou do meu rosto me deixando vermelha.
-Você está bem? Está vermelha....Você tá com febre?
Ele colocou a mão na minha testa. Meu rosto inteiro ficou vermelho e minha nuca esquentou. Me afastei um pouco mudando de assunto.
-A-acho que é o calor. V-vamos?-peguei meu skate e fui na frente
-"Sua burra!"-Falava minha consiência- "Você vive fugindo do L! Como quer ficar com ele desse jeito?!"
Realmente eu sempre "fugia" de L. Não sei, não era que eu não queria me envolver. Mas eu ainda estava meio ferida desde meu último relacionamento com o Mello. Simplesmente, não sei como aceitei ficar com ele. Ele nunca disse que me amava. Acho que era porque eu estava sozinha, e isso me impulcionou a ficar com Mello. 
 Cheguei no parque e lá estavam Misa e Raito sentados na beira de uma rampa.
-Até que enfim! Onde estavam?!
-Oi pra você também, Misa.-Disse fria
-Ai! Como você é estranha!
Misa sempre teve alguma antipatia comigo. Talvez pela minha aparência: Cabelo comprido, olhos e cabelos pretos. Pálida e meio quieta. Claro, eu não eramida. Eu era do tipo "arrebenta a boca do balão".
-A gente parou um pouco pra conversar.-Disse calmo L  detrás de mim. Ao vê-lo tão perto eu corei um pouco.
-Tá, chega de falatório e vamu andar de skate!-Disse Raito eufórico. 
Subi na rampa e esperei um pouco para descer. Não fiz muitas manobras porque tinha medo de me machucar. Quando parei um pouco pra descançar lá veio Misa me perturbar.
-Já tá cansada e nem vez manobra?
-Eu não quero me machucar Misa!
-Sem perigo não há aventura! Pensei que você fosse do tipo "arrebenta a boca do balão"!
-E sou mas-
-Pois então vá e faça uma manobra descente criatura!-Ela foi me empurrando pra pista e agora não tinha como arregar. Subi na rampa e esperem a coragem vir. Olhei pro pessoal e L estava sorrindo. Corei e ele fez um sinal de positivo com o dedo. Pronto. O incentivo de que eu precisava. Subi no skate e fui com tudo. Dei algumas indas e vindas. "pense em alguma manobra!" Repetia a mim mesma. Estava me aproximando da borda e tentei fazer aquela manobra maluca que você se apoia com uma mão na borda e depois volta pra rampa. 
-"você não vai conseguir, não vai conseguir, não vai conseguir!"-repetia a mim mesma. Não tinha escolha. Me apoiei em uma mão e fiquei
-Eu consegui!-Exclamei vitoriosa. Porém meu braço não aguentou todo o meu peso e eu me estabaquei de lá de cima. Caí de cara no asfalto da rampa e o pessoal que estava por perto exclamou um "Ui!" e depois começaram a rir.
-Qual o problema de vocês?! Ela pode ter se machucado!!-Exclamou Raito furioso. L chegou junto de mim e me virou de lado. Meu nariz estava sangrando e minha cara estava toda esfolada.
-Você tá bem?! Dói muito?!-Exclamou ele preocupado
Não respondi e cobri meu rosto, chorando. Doía muito e eu não anguentei, caindo no choro. Não tinha como eu ver nada do que estava acontecendo, pois estava com a mão cobrindo meus olhos.  
De repente senti algma coisa por baixo de mim e fui erguida do chão. Tirei a mão do rosto e eu estava no colo de L
-L!!!-Exclamei surpresamete corada-E-eu posso andar s-sozinha!
-Seu pé..
-Hein?
-Está sangrando.
Me virei um pouquinho para ver meu pé e ele estava esfolado e pingando sangue. Eu deveria tê-lo raspado na beira da rampa. Logo chegaram Raito e Misa.
-Precisam de ajuda aí?
-Tranquilo. Eu levo ela pra casa.
-Leva?!-Exclamei surtando
-Claro que se você não quiser eu peço pro Raito te levar.
-Ele não vai levar levar ela coisa nenhuma!!-gritou Misa morrendo de ciúmes. Raito olhou pra cara dela como quem diz "por que não?" Ela virou a cara desnorteada e ficamos sem entender nada.
-Raito, Misa, Podem levar os nossos skates? Depois a gente busca pra vocês. É que, no momento, estou sem mãos. He he. -E ele sorriu. POU! Um tiro no meu coração...Ai...Aquela carinha que ele fazia me deixava LOUCA! 
Ele foi me levando e eu com as mãos no seu pescoço. Durante toda a viajem meu rosto ficou vermelho e minha nuca quente. Eu descançava minha cabeça no seu peito. Ele não era todo malhado nem nada, mas eu não dava a mínima. Eu gostava dele? Bom, acho que as provas eram válidas:(toca flash back!)

Eu encontrei com ele pela primeira vez na rua. Ele estava dando a mão a um homem qua não reconheci. Quantos anos ele tinha? 5, 6 talvez. Eu estava indo pra biblioteca me isolar do povo. Quando o vi meu coração deu um "pa-bum!" Por instinto. Tirei meu celular da bolsa e tirei uma foto sua. Depois, corri pra biblioteca e tentei redesenhá-lo olhando pela foto que tinha no meu celular. E quardei aquele desenho me perguntando "Quem é esse menino?"
Encontrei ele de novo na escola. Vi ele no cantinho da sala fazendo contas. Bem incomum pra uma criança de 6 anos. Fui indo em sua direção pelos cantos me escondendo entre os armários e as mesas. Quando cheguei perto. Grudei na parede. Tomei fôlego e disse à mim mesma 
-"Vai falar com ele!"
Me virei pro canto da sala mas não tinha ninguém . Achei que estava ficando maluca. Me aprofundei mais no canto e de repente ele brota atrás de mim:
-Você está me observando?
-AHHHH!-Gritei. Me virei pra ele com as mão a frente do rosto em posição de defesa. Ao vê-lo meu coração disparou.
-Ei...Você não é aquela menina que vi outro dia?
-S-s-sou...-Disse baixinho. Controlava minha respiração pra não parecer uma maluca. Depois a professora chegou na sala. Salva pelo gongo! Corri pra minha cadeira, peguei meu livro e esperei a professora falar. Ela chamou L na frente e chamou a atenção da classe.
-Esse é o novo amigo de vocês. O nome dele é Lawliet.
-Oi Lawliet...-Exclamamos em coro
-Me chamem de L...-Disse baixinho
-Ok "L". Senta ali do lado da Kushynna.
Logo eu! Ele sentou do meu lado e eu fiquei meio desnorteada a aula toda. No recreio, eu vi que ele não comia nada além de doces, praticamente. Tentei pedir uma bala mas ele era muito pocessivo com os doces então nem tentei.  
 No final da aula, corri pra falar com ele mas ele tinha simplesmente sumido. Desanimada, peguei minha mochila e fui embora com as meninas no qual eu costumava andar. 
-Ai, aquele moleque novo é tipo...SUPER ESTRANHO!
-Só! Viu como ele senta? Parece um macaco!
-Não falem assim dele!-Esbravegei-Vocês não sabem nada sobre ele!
-Como se a "princesa" aqui soubesse! Quer saber? Você é mais estranha que ele! Tchau!
E elas me abandonaram na calçada. Segurei o choro e fui pra biblioteca. Sempre me isolava lá, pra lendo livros de suspense, terror e livros de detetive em si. Quando terminei de ler tudo o que eu queria. Deveria ser umas 7 horas. Tomei um susto e quase caí da cadeira. Minha vó ia me matar! Peguei meu casaco e corri pra rua. 
 Estava tão frio que estava nevando. Comecei a correr feito louca. Virei a esquina e CABLAM! Bati de cara com alguém. Meus livros voaram pra tudo quanto era lado e minha cabeça doía. Sentei no chão e alguém estendeu a mão pra eu levantar. Peguei em sua mão e continuei olhando pro chão. Ergui meu rosto e L estava em minha frente com meus livros na mão:
-Deixou cair.
-O-obrigada...-Guaguegei
-Você não é aquele menininha do colégio?
-S-sou sim...
-Você foi a primeira pessoa que falou comigo até agora. Você é legal....
-É-é?
-POU! Mais um tiro no meu coração. Logo ele ficaria cheio de furinhos. Aquele jeitinho sério dele...Era só ele aparecer para eu perder a fala e começava a confusão!
  

Um silêncio percorreu nós dois. Ele estendeu a mão pra mim e disse sorrindo:
-Amigos?
Eu fiquei vermelha e meio mecânica. Apertei sua mão e suspirei feliz:
-Amigos...
-Tó aqui seus livros:
-Valeu...
Ele leu acapa do primeiro que dizia "Sherlock Holmes"
-Você gosta de detetives?
-Gosto sim. Minha avó fala que sou boa pra "casos". Hi,hi,hi...
-Passa lá em casa um dia desses. A gente pode brincar e comer bolo.
-Há há há há há! Você é igual a uma formiga né?
-Te passo o endereço?
-Sim, mas...Estou sem papel no momento!
-...-Ele ficou meio pensativo e depois voltou a me olhar.
-Estende o braço.
-Quê?
-Dá ele aqui!
Ele pegou meu braço e arregaçou minha manga até o cotovelo. Corei igual a um pimentão. Ele sacou uma caneta do bolso e começou a escrever no meu braço:

Bairro Takamara, rua Iochi, nº 666.   CAKE!

-"Cake"? -perguntei confusa
-Eu já isse que gosto de bolo!-E sorriu
Disse que estava atrasada e que tinha que encontrar minha avó. Nos despedimos e voltei correndo pra casa. Contei pra minha avó o que tinha acontecido e ela disse torcendo o nariz:
-Você não é muito nova pra gostar de um menino?  
-Ah, obachan! A senhora mesma disse que amor não tem idade!
Passei seu endereço para um papel e colei na cabeceira da minha cama. A partir daquele dia, eu comecei a gostar do L.
  
Ele abriu a porta da minha casa e me colocou no sofá. Fechou a porta e voltou à mim.
-Está melhor?
-Ainda dói...
-Você tem bandagem por aqui?
-Tenho sim. Tá no armário do banheiro.
Ele foi bem devagar até o armário e depois voltou com o rolo. Passou pela minha perna e cortou o exesso com a boca. Sentou do meu lado daquele jeito que ele senta e perguntou calmo:
-Precisa de alguma coisa? Quer que eu fique aqui?
Meu rosto ficou quente e eu precenti que fiquei vermelha.
-N-não precisa...-desconvercei- Se eu tiver fome eu consigo ir até a cozinha.
-Então tá. Eu passo aqui amanhã pra deixar seu skate. -E me deu um beijo na testa segurando em meus cabelos. Prendi a respiração. Não acreditava que isso estava acontecendo. Quando ele saiu pela porta soltei o ar. Se as coisas continuassem como estavam, nós terminaríamos bem.
Ele foi, era e continuaria sendo minha doce criança!